Enquanto espera pela construção de sua própria arena, o Corinthians continua usando o Pacaembu como sua casa. Nos últimos anos, o Timão não vem sendo um bom anfitrião, sobretudo quando os visitantes são um dos três rivais do estado. O Alvinegro não perde um clássico no estádio mais tradicional da capital paulista há 16 partidas. Neste domingo, às 16h, o adversário será o São Paulo, seu grande inimigo nos últimos anos.

A última derrota corintiana no Paulo Machado de Carvalho foi no dia 5 de outubro de 2006, quando foi batido pelo Santos por 3 a 0, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro. A equipe era dirigida na época por Emerson Leão e contava com jogadores como Amoroso, Roger, Rafael Moura e Magrão. Kleber, Leandro e Zé Roberto fizeram os gols para o Peixe.

Depois disso, o Corinthians engrenou e não mais perdeu no Pacaembu nos jogos que realizou pelo Campeonato Brasileiro e Paulistão. Foram 16 partidas, sendo 12 vitórias e quatro empates, aproveitamento de 83,3% dos pontos disputados.

O estádio paulistano voltou a ser mais usado pelo Timão em clássicos com o início da guerra de poder contra o São Paulo. No início de 2009, Juvenal Juvêncio se recusou a dar mais de 10% dos ingressos ao Alvinegro antes de um confronto no Morumbi. Em represália, Andrés Sanches determinou que, em sua gestão, o clube nunca mais seria mandante na casa tricolor.

A medida deu certo e, curiosamente, fez do São Paulo a principal vítima, sem conseguir roubar um ponto sequer do adversário – foram quatro derrotas. Diante do Santos, os corintianos obtiveram cinco vitórias e dois empates. Contra o Palmeiras, três triunfos e duas igualdades.

O Pacaembu, aliás, foi decisivo para o Corinthians contra os rivais na temporada 2009. Pelo estadual, o Timão venceu o Tricolor por 2 a 1, de virada, pelas semifinais, gol marcado por Cristian no último minuto, abrindo caminho para o título. Já na decisão, ficou no 1 a 1 com o Peixe, mas o triunfo por 3 a 1, na Vila Belmiro, permitiu o empate.

Em 2011, porém, os números são inferiores, principalmente na reta final do Paulista. O Alvinegro empatou por 1 a 1 com o Palmeiras, pelas semifinais, e se classificou nos pênaltis. Entretanto, o 0 a 0 frente ao Santos afastou a equipe do caneco – perdeu por 2 a 1, no litoral, e ficou com o vice-campeonato.

- É um aspecto importante estar perto da nossa torcida. O Corinthians leva muito isso em consideração. Os jogadores sentem essa proximidade – afirmou o técnico Tite.

Mais do que se manter na liderança e com 100% de aproveitamento, o São Paulo tentará também quebrar uma marca. A última vitória sobre o Corinthians, no Pacaembu, foi em 8 de maio de 2005. E causou estragos. O placar de 5 a 1 revoltou a torcida adversária e culminou na queda do técnico argentino Daniel Passarella em meio à polêmica parceria com a MSI.

Para o atacante Dagoberto, o Tricolor não pode deixar a rivalidade com o rival interferir no desempenho em campo. O camisa 25 diz que a partida é importante porque pode deixar a equipe em situação ainda mais confortável na tabela.

- O clássico é difícil, mas precisamos manter o bom futebol e focar nossa posição na tabela. São três pontos que nos deixarão ainda mais na frente e que lá na frente vão nos ajudar a brigar pelo título de campeão brasileiro. Temos que entrar em campo respeitando o Corinthians, sabemos que a rivalidade é grande, mas temos que vencer - ressaltou o artilheiro do São Paulo na temporada 2011, com 14 gols.

De olho no Corinthians, Carpegiani faz experiências em coletivo no CT

Treinador alternou esquema entre o 4-4-2 e o 3-5-2 e quatro jogadores foram testados nesta tarde: Bruno Uvini, Ilsinho, Carlinhos Paraíba e Fernandinho

Aos poucos, o técnico Paulo César Carpegiani começa a dar pistas do São Paulo que enfrentará o Corinthians, no próximo domingo, no estádio do Pacaembu, pela sexta rodada do Campeonato Brasileiro. Na tarde desta quinta-feira, o treinador comandou um coletivo no campo principal do CT da Barra Funda e testou três formações e dois esquemas diferentes. Tudo para conseguir manter o padrão de jogo da equipe sem Lucas, que está na Seleção Brasileira que disputará a Copa América da Argentina entre os dias 1º e 24 de julho.

Em um primeiro momento, o time entrou em campo no 4-4-2 com: Rogério Ceni; Ilsinho, Xandão, Bruno Uvini e Luiz Eduardo; Wellington, Casemiro, Jean e Carlinhos Paraíba; Marlos e Dagoberto. Nessa formação, Ilsinho e Luiz Eduardo funcionavam como laterais. Em determinados momentos do treino, Carpegiani manteve o time, mas mudou o esquema para o 3-5-2. Neste esquema, Luiz Eduardo voltou a funcionar como zagueiro, Ilsinho passa a ser o ala pela direita e Carlinhos Paraíba fez o mesmo papel pelo lado esquerdo.

Já na parte final do treinamento, o treinador testou uma equipe mais ofensiva, com Fernandinho na vaga de Ilsinho. Com isso, Jean retornou para a lateral, Marlos foi recuado para o meio-campo e Dagoberto formou dupla de ataque com o camisa 12.

O desfalque nesta quinta-feira foi Rhodolfo, que mais uma vez não foi a campo. Recuperado de um estiramento muscular na coxa esquerda, o camisa 4 treinou pela última vez com o grupo na manhã de quarta-feira. A expectativa é que ele treine normalmente nesta sexta-feira. Caso isso não aconteça, passará a ser dúvida para o duelo do final de semana, que terá início às 16h.

Nesta sexta-feira, Paulo César Carpegiani comandará um treino fechado no CT da Barra Funda. A bola começará a rolar às 15h30, mas os jornalistas só poderão entrar uma hora depois. Em seguida, o grupo já iniciará regime de concentração.

São Paulo está perto de anunciar as renovações de Souto e Ilsinho

Volante e meio-campista são considerados importantes por Carpegiani, ainda mais no período em que o time perderá peças para a Seleção

Preocupado com o excesso de desfalques que a equipe terá no próximo mês com as convocações de Lucas para a Seleção Brasileira principal e Bruno Uvini, Casemiro, Henrique e Willian José para a equipe sub-20, a diretoria do São Paulo está se mexendo para melhorar a situação do técnico Paulo César Carpegiani. Nos próximos dias, a equipe pretende anunciar as renovações dos contratos de Rodrigo Souto e Ilsinho. Os dois são pedidos do treinador, já de olho no time que será remontado durante o Campeonato Brasileiro.

A situação mais imediata é a de Rodrigo Souto, cujo vínculo se encerra no dia 31 de agosto. O problema é que ele já disputou quatro jogos no nacional e, se jogar mais três, não poderá se transferir para nenhuma equipe. O camisa 18 também havia recebido sondagens da Rússia, Turquia e Japão que não se transformaram em proposta. Como o São Paulo aumentou a duração do novo vínculo de seis meses para um ano, cresceu muito a chance de o acordo ser sacramentado.

- As tratativas estão muito adiantadas e nos próximos dias devemos definir essa questão. Falta definir apenas a questão do tempo de encontro, mas tenho certeza de que vamos encontrar o entendimento entre o que o jogador quer e o que o clube pode oferecer – afirmou o vice-presidente de futebol, João Paulo de Jesus Lopes.

Já o contrato de Ilsinho termina no dia 19 de agosto. O jogador, que está em litígio com seu atual clube, o Shakhtar Donetsk, está atuando por causa de uma autorização dada pela Fifa. Tudo leva a crer que o novo vínculo terá a duração de mais uma temporada. O jogador ainda está em processo de obtenção do passaporte comunitário e, em caso de um novo contrato, teria tempo suficiente para arrumar a papelada e, no ano que vem, assinar com algum time da

- Com o Ilsinho, já está tudo certo, falta só resolver pequenas questão burocráticas. Vamos fechar por um ano, mas só vou achar que tudo estará definido quando o novo contrato for assinado – ressaltou o dirigente.